Andámos todos "ao mesmo"! De volta...
Não adianta. Podemos andar a enganar-nos durante muito tempo, podemos arranjar suterfúgios mentais, que o silêncio nos apanha.
Podemos gritar-lhe, colocar a música mais alta, enviar mensagens para fazer barulho, podemos sair, jantar, compulsivamente, em lugares diferentes, podemos aprender a comer sushi sem fazer cara feia e convencer-nos de que, afinal, gostamos de algas e molho agridoce.
Podemos, ao longo de enumeros anos, sermos "barriga gorda" (para empurrar) e com uns óculos de sol giros esconder os momentâneos olhares desiludidos que o outro não apanha.
Podemos, ainda, dizer frases "no social" do mais trivial possivel e com tal conviccção, que depois até o silêncio quase se convence.
Podemos viajar, podemos convidar para sair, podemos festejar todos os aniversários da tia, do tio, da gata, do cão e do periquito do vizinho.
Podemos comprar Bimbis´s e elaborar as receitas mais complexas e convercer-nos que o nosso lugar (certo) é o mesmo que os dos copos de vinho que caem na perfeição com o rebordo do prato.
Podemos ficar dormentes e sentir.
Podemos tudo isto e tanto mais.
Mas de uma coisa estou certa, M´s, é que só as /os mais inteligentes sentem a dormência prolongada.
Estes "tais" sempre souberam a resposta.
Sempre.
Mas a pressão social é esmagadora. Como um piano atirado do 7º andar.
"Um dia tudo acaba, sem perceberes porquê. Num acorde de guitarra, vês o mundo mas ninguém te vê..." - PAbrunhosa -